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  • Foto do escritorJudivan Gomes

Marcos do Val: Bolsonaro iria prender Moraes e impedir posse de Lula




O senador Marcos do Val (Podemos-ES) deu detalhes da reunião que teve com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) e com o ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) para que o atual chefe do Executivo federal Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não tomasse posse e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes fosse levado à prisão.

Segundo o parlamentar, o encontro ocorreu no Palácio da Alvorada e Bolsonaro e Silveira pediram para que ele marcasse uma reunião com Moraes para gravar uma conversa. O objetivo era que Do Val conseguisse alguma confissão ou declaração comprometedora do magistrado da Corte.

Em entrevista para a revista Veja, o senador disse que o ex-presidente confirmou a participação da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) para que o serviço fosse um sucesso. Só que ele recusou a proposta.

“A ideia era que eu gravasse o ministro falando sobre as decisões dele, tentar fazer ele confidenciar que agia sem observar necessariamente a Constituição. Com essa gravação, o presidente iria derrubar a eleição, dizer que ela foi fraudada, prender o Alexandre de Moraes, impedir a posse do Lula e seguir presidente da República. Fiquei muito assustado com o que ouvi”, revelou.

O repórter da revista questionou se Bolsonaro tinha realmente dito tudo aquilo. “Disse”, confirmou do Val.

“Na hora, eu disse que aquilo era ilegal. Que gravações sem autorização judicial poderiam configurar crime. Nunca compactuei com atos radicais ou extremistas”, acrescentou. “Uma operação como a que estava sendo articulado colocaria o Brasil em isolamento mundial, provocaria uma grave crise econômica, traria mais miséria e pobreza. As consequências seriam imprevisíveis”.

Marcos do Val e a revelação

A entrevista do senador estava prevista para ser divulgada apenas nesta sexta (3), mas do Val fez uma live na noite de quarta (1°) e contou detalhes da reunião. Ele também prometeu renunciar ao cargo para retornar aos Estados Unidos.


IG

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