Empresário relatou que seus funcionários observaram o bimotor bater em cabo de uma torre de energia
O empresário Aníbal Martins Julião Júnior, dono do terreno onde o avião de Marília Mendonça caiu - matando a cantora e mais 4 ocupantes, afirmou em entrevista ao jornal O Globo ter visto a queda do bimotor na sexta-feira, 5, na cidade mineira de Caratinga. "Foi trágico e muito rápido", lembra.
Os funcionários de Aníbal, que trabalhavam próximos das torres de energia, testemunharam o momento em que o avião bateu em um cabo; essa colisão é uma das hipóteses que podem explicar como o acidente ocorreu. "Os meus empregados gritaram quando viram o avião bater no cabo e eu me virei a tempo de ver a queda", conta o empresário.
Aníbal foi uma das primeiras pessoas a acessar o local da tragédia e chamar o resgate. Ele conta o que viu logo que chegou: "Havia um cheiro forte de querosene no ar. Conseguíamos visualizar os dois pilotos pela janela, já os passageiros estavam com as persianas de suas janelas abaixadas". O dono do terreno só soube que a aeronave levava a cantora horas depois por meio de redes sociais.
Ainda segundo o empresário, a tragédia poderia ter sido ainda maior. "Um dos motores caiu apenas 30 metros de distância da casa do dono de um hotel-fazenda vizinho", detalha. Ele também ressalta a possibilidade do bimotor ter explodido - o que pode não ter ocorrido pelo fato de o avião ter caído em uma região de cachoeira. A água pode ter resfriado a fuselagem e dissipado o combustível. "Acredito que tenha sido isso que impediu uma tragédia maior. No primeiro momento, não permiti que ninguém chegasse perto dos destroços, pelo risco de uma explosão ou incêndio, que, graças a Deus, não ocorreu".
Terra
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