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  • Foto do escritorJudivan Gomes

Lira: 'remédios amargos do Parlamento' não foi a Bolsonaro

Presidente da Câmara dos Deputados afirmou que não mandou um recado para o chefe do Executivo

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), disse neste domingo (2) que a expressão "remédios amargos do Parlamento", adotada por ele em um discurso há cerca de um mês, não foi um recado ao presidente Jair Bolsonaro. À época, as palavras foram interpretadas como um sinal ao mandatário. "Meu discurso não foi um recado ao presidente da República", disse Lira, em entrevista à Band. "Aquele discurso foi feito porque parlamentares são feitos de carne e osso, todos nós viajamos para os nossos Estados toda semana, voltamos para Brasília toda semana, sentimos como está a situação, se a pandemia aumenta, diminui."


O deputado voltou a dizer que a CPI da Covid foi instalada no Senado Federal em momento inoportuno e disse que a comissão não deve ter o efeito de elevar a pressão pelo impeachment de Bolsonaro. Segundo Lira, houve erros na gestão da pandemia por governadores e prefeitos. Ele disse que, até agora, não vê base para um impedimento do mandatário. Está gostando da notícia? Fique por dentro das principais notícias Ativar notificações "Eu sou discípulo de (Rodrigo) Maia (ex-presidente da Câmara) com relação a isso (impeachment)", declarou Lira. "Maia teve muita responsabilidade, mesmo sendo contrário a Bolsonaro, de nem ventilar essa possibilidade." Arthur Lira também disse que a reforma administrativa terá mais facilidade para avançar no Congresso Nacional se não tiver efeito retroativo, atingindo os servidores da ativa. Na entrevista, o parlamentar defendeu que o corte não prejudica o efeito do texto. "Se nós cuidarmos do Estado brasileiro, não permitindo que para a frente continue pesando na arrecadação do setor privado, damos uma demonstração muito clara que o Brasil vai caminhar para responsabilidade fiscal nas contas públicas", disse o deputado. Lira afirmou ter certeza de que a Câmara vai avançar na reforma administrativa em 2021. Ele defendeu que o texto abarque também a questão de "super salários" nos Três Poderes. Censo O presidente da Câmara criticou o corte de recursos no Orçamento de 2021 para o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Como você vai vetar construção de casas? Como vai vetar o Censo? Isso precisa ser reconstruído e será", disse. Sobre a agenda de privatizações da Câmara dos Deputados, Lira afirmou que a Câmara deve votar a medida de capitalização da Eletrobras ainda em maio. Segundo o parlamentar, a privatização dos Correios deve ser votada entre junho e julho e há votos suficientes na Casa para aprovar a medida. Lira ainda afirmou que o Brasil tem o código ambiental mais avançado do mundo e que a Câmara pretende trabalhar para que o País retome o protagonismo no tema. Ele também afirmou que a Casa deve instalar nesta semana a comissão da reforma política e que são improváveis mudanças drásticas no modelo atual.

Terra






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